21 fevereiro 2008

Uma desilusão


E quando nós vemos um deputado da Graciosa subir à tribuna, pensamos que a nossa ilha vai ser falada e discutida.
Eis senão quando, o assunto, ao invés de ser a Graciosa, é, outra vez, estatística do desporto.

Depois do silêncio dos deputados Graciosenses do PS na discussão do Plano e Orçamento de 2008, que nada disseram no parlamento (ou em lado algum) em defesa da Graciosa, numa das mais que prováveis últimas oportunidades de intervir do deputado José Ávila (a média de intervenções por ano assim o diz), este, ao invés de falar da sua ilha e de defender as ambições dos da sua terra, fala de bolas e correrias. 

Para ser político não basta debitar números, é preciso iniciativa.

A frase da queixinha também é curiosa.
Diz, a páginas tantas:
"Trazemos estes dados até à Assembleia Legislativa porque não os vimos devidamente tratados na comunicação social, o que não deixa de ser uma pena."

Pois é, eu também tenho pena do que vou vendo acontecer à Graciosa. Deixo um pedido, preocupe-se com a estatística das dormidas em estabelecimentos hoteleiros na Graciosa, dos passageiros desembarcados, da regularidade da carga contentorizada, da perda de poder de compra, do aumento do desemprego, do índice de envelhecimento, da desertificação da Graciosa etc, etc, etc.

João Costa

Burgalhau

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