No passado dia 12 de Setembro de 2007, aquando da visita estatutária do Governo à ilha Graciosa, e por ocasião de apresentação apressada do projecto para ampliação do cais acostável do Porto Comercial da Graciosa, o Presidente do Governo afirmou: “A maior dificuldade desta obra será a de manter a operacionalidade do Porto da Praia durante o período de construção, razão pela qual esta empreitada deverá ter um período curto de obras de mar, sendo realizada em duas fases distintas, para manter o Porto em funcionamento (…)”.Mais tarde, em 15 de Janeiro de 2008, no acto de assinatura do auto de consignação da empreitada de ampliação do porto comercial da ilha Graciosa, o Secretário da Economia garantiu que “serão feitos todos os esforços para assegurar a operacionalidade do porto enquanto decorrerem as obras” e anunciou que neste quadro, e durante as duas fases da obra, “o rebocador “Bravo” ficará na Graciosa, sempre que necessário for, para facilitar as manobras de atracação e desatracação dos diversos navios”.Pois bem, todos os Graciosenses sabem já que nem o Porto da Graciosa está operacional, nem o rebocador está na Graciosa, nem a Graciosa será servida pelo navio de passageiros enquanto decorrer esta situação, pelo que só resta concluir que enganaram os Graciosenses.Mais uma vez, a Graciosa é uma ilha negada, esquecida, e prejudicada pela incompetência do Governo Regional. Mais uma vez a Graciosa vê o seu futuro recusado e o seu presente lesado pela falta de cuidado que o Governo coloca quando se trata de pensar nesta ilha e nas suas gentes.A situação criada com o encerramento do porto comercial não pode passar sem consequências, sem que sejam apontados os responsáveis e sem que sejam ressarcidos dos seus prejuízos os graciosenses em geral.Exige-se pois que o Governo Regional proceda de imediato a implementação de medidas que visem a compensação dos prejuízos causados a esta ilha pelo encerramento do seu porto.Assim, deve o Governo Regional estabelecer o preço das passagens aéreas ao preço das viagens marítimas nos dias em que estas teriam lugar, para todos os passageiros que se desloquem de, e para, a Graciosa. Mas tendo em atenção que não devem existir as costumadas listas de espera. Deve também o Governo Regional disponibilizar, ao preço das viagens marítimas, carga aérea para um conjunto de produtos cuja lista deve ser acordada com os empresários graciosenses, vigorando como medida compensatória durante todo o período em que o porto esteja condicionado. Igualmente deve o Governo Regional assegurar o pagamento de uma compensação aos empresários da hotelaria da Graciosa. Ressarcindo assim quer pela perda directa de visitantes, quer pela imagem negativa dada por mais esta situação de encerramento do Porto Comercial da Graciosa.É bom que se note que esta situação vem, novamente, estabelecer uma enorme incerteza na possibilidade de deslocação de pessoas e bens à Graciosa, dando uma imagem negativa desta ilha como destino turístico, devendo por isso ser compensado quem mais é prejudicado.O PSD Graciosa nota também que, mais uma vez, os deputados do PS apenas se limitam a apreciar e desculpar o Governo do PS, esquecendo quem os elege e quem representam.Santa Cruz da Graciosa, 24 de Abril de 2008Pela CPI Graciosa do PPD/PSDJoão Bruto da Costa – Presidente
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