02 fevereiro 2010

Miguel Azevedo é uma das principais vozes do desporto automóvel açoriano.

Filho de um dos fundadores do Terceira Automóvel Clube, cresceu a ouvir o roncar dos motores e, por entre o frenesim que caracteriza as organizações, nasceu a paixão. Aos 34 anos, Miguel Azevedo é uma das principais vozes do desporto automóvel açoriano. Dá corpo nas páginas dos jornais e alma nas ondas da rádio àquele que é, principalmente na Terceira, um autêntico desporto de multidões, relatando as proezas dos vencedores e de todos os outros, no fundo, os responsáveis para que a festa se faça.
Miguel Azevedo nasceu em Lisboa por razões de força maior, mas considera-se – e passamos a citar – “um terceirense de gema nas diversas acepções do termo”. Desperta para o jornalismo desportivo aos microfones do Rádio Clube de Angra, em 1996. Fez um “troço de ligação” para a imprensa escrita precisamente nas páginas do Diário Insular, tendo colaborado, igualmente, com a Rádio Horizonte, RDP-Açores e Rádio Graciosa. Actualmente no jornal “A União”, frisa que o ponto alto de um currículo com cerca de 17 anos aconteceu em 2008, quando fez os directos do SATA Rali Açores para a RTP-Açores. Muitas notas para o mesmo percurso onde a palavra-chave é dedicação, qual navegador atento ao mais ínfimo pormenor. E, neste caso, o pormenor chama-se “mundo virtual”, com ligações estreitas ao Fórmula Rali e ao Motores Magazine, dois sítios na internet dedicados em exclusivo ao desporto automóvel. Paralelamente, Miguel Azevedo é “press-officer” de alguns pilotos e equipas açorianas.


Mil e uma curvas depois, Miguel Azevedo conta-nos que desenvolveu a sua própria maneira de apreciar o desporto motorizado, confessando-se um indefectível amante dos ralis. “Habituei-me a registar tempos, a ler e a gravar tudo que me aparecia sobre ralis e, pela proximidade, conheço muito bem os grandes nomes dos primórdios dos ralis na Terceira, o que é razão para, também, me orgulhar das valências que presentemente a modalidade atingiu”, acrescenta, ao mesmo tempo que relembra os cerca de sete anos em que teve o privilégio de acompanhar o campeonato nacional. “Foi outro marco nesta crescente curiosidade sobre um desporto de emoções fortes, sendo que privei e conheci diversos campeões, mantendo hoje uma amizade engraçada com alguns, onde os ralis são o mote comum… de chegada e de partida”, refere.
Alimentar a paixão é um vício e Miguel Azevedo não se tem limitado apenas à escrita. Escreve regularmente sobre ralis e sempre que veste o fato de “pendura” pode viver as emoções da competição por dentro. “Já fiz seis provas, cinco da Taça Ilha Terceira e um rali no Pico, tendo a felicidade de acompanhar grandes amigos e de poder evoluir na difícil arte de ‘cantar’ notas que, quando praticada com esmero e entrega, é tão emocionante quanto ir ao volante, o que, felizmente, não necessito de ‘arriscar’, pois tenho tido pilotos visivelmente mais talentosos do que eu”, sublinha.
“O facto de, noutras ocasiões, já ter andado ao lado em grandes carros e com grandes pilotos (Gustavo Louro, Fernando Peres, Ricardo Moura – ainda em Novembro o naveguei em três troços no Pico –, “Licas” Pimentel, etc.) deu-me uma noção interessante dos contrastes que há nos ralis e que só acentua o valor relativo de cada um dos andamentos”, conclui, ao mesmo tempo que enaltece os “35 anos de carisma do TAC”, a capacidade que tem existido para inovar e o nível de organização do fenómeno da Taça de Ralis. Mas deixa um aviso: “espero que não se chegue à ânsia de fazer coisas em demasia, o que pode prejudicar a qualidade e a adesão às provas”.


in "Diário Insular - Revista".

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