COMUNICADO
O Secretariado do Partido Socialista da Ilha Graciosa vem refutar as acusações que o responsável pelo PSD / Graciosa fez no seu comunicado do dia 18 de Junho de 2008, por serem maliciosamente incorrectas e desprovidas de verdade. Os ataques ao Presidente Carlos César só se compreendem pelo desespero dasmentes daqueles que já perderam a esperança de algum dia virem a formar governo. O Presidente Carlos César quando tomou posse no primeiro Governo do Partido Socialista, em 1996, encontrou uma região tecnicamente falida, sem esperança e a caminhar rapidamente para o abismo. A iniciativa privada era incipiente e mesmo assim era ameaçada de falência provocada pelos atrasos nos pagamentos e pelo garrote financeiro imposto por ilhas estatizadas e perfeitamente dependentes. Nesse tempo, na Ilha Graciosa, os produtores de leite recebiam com 12 meses de atraso, os pescadores não tinham porto de abrigo, grande parte dos trabalhadores não tinha protecção social, para um simples empréstimo bancário era necessário uma “cunha” de um político da terra, tínhamos apenas um canal de televisão e mesmo assim chegamos a ver notícias com 20 minutos de atraso porque a cassete com imagens do Presidente do Governo ainda não tinha chegado à redacção. Eram tempos difíceis, anos em que chegamos a ter investimento quase a zero.
É claro que o responsável pelo PSD / Graciosa não sabe disso, nem quer saber, porque nessa altura estava fora, estava na sua terra e quando cá vinha de férias certamente era para descansar.
Relativamente ao conceito de “Ilhas de Coesão”, que pertence ao património político do PS, afirmamos que as medidas tomadas neste âmbito são importantes. Veja-se o caso do Hotel, veja-se o caso das tarifas aéreas e as tarifas promocionais, veja-se o programa Estagiar L, veja-se o apoio ao transporte na exportação de produtos agrícolas com tradição na ilha, veja-se a majoração dos apoios aos sistemas de incentivos, o programa 60 + (mais) e o programa de pagamento dos encargos com estudos aos jovens licenciados que se fixem nesta ilha. Só o responsável pelo PSD / Graciosa é que não vê. Paciência… Ainda no passado dia 19 de Junho o Governo Regional dos Açores apresentou um conjunto de propostas de Decretos Legislativos Regionais na área da Agricultura, entre eles o “Regime de Incentivos à compra de Terras Agrícolas (RICTA)”, que dita regras para o emparcelamento, nomeadamente o respectivo apoio. Seguindo a mesma lógica de discriminação positiva das ilhas ditas da Coesão, o artigo 9º na sua alínea c) previa o acréscimo de 5 % na comparticipação no valor da avaliação dos terrenos a adquirir nas Ilhas de Santa Maria, Graciosa, S. Jorge, Flores e Corvo. O PSD, já no Plenário, apresentou diversas propostas de alteração, mas uma delas chamou a atenção, principalmente aos que defendem um tratamento diferente para as ilhas com dificuldades acrescidas. O que o PSD propôs foi simplesmente cancelar essa prerrogativa. Por aqui se vê que o PSD tem dois discursos totalmente diferentes. Um, na Graciosa, onde jura a pés juntos que defende a nossa ilha e as ilhas de menor dimensão e outro, na Assembleia, onde propõe, pura e simplesmente, a eliminação de uma alínea que prevê um tratamento diferenciado para aquelas que tem maiores dificuldades. Como se pode compreender uma atitude destas?
Relativamente ao Porto da Praia o que o responsável do PSD / Graciosa diz é falso e denota um medo terrível pelo facto de ali aparecer um porto moderno e capaz de receber barcos em condições de segurança. Para o PSD o que é preciso é que tudo corra mal.
Quanto pior, melhor. O porto está apenas encerrado a navios de maior porte e o abastecimento da ilha decorre normalmente, com o empenhamento abnegado de muita gente. Aquele porto neste momento serve melhor a Ilha Graciosa do que no período de governação do PSD, porque nesse tempo eram frequentes as roturas de abastecimento de combustíveis e de outros bens de primeira necessidade. Esses tempos foram difíceis, sem dúvida.
Agora que para Portugal terminou a sua participação no Euro 2008, infelizmente, o PSD / Graciosa ataca ferozmente o PS e o Governo Regional, com pânico de que as atenções dos Graciosenses se centrem na Câmara Municipal e na sua incapacidade para investir. Se não fosse assim não teríamos visto o Presidente da Câmara a inaugurar a época balnear na Praia e falar na areia, que curiosamente foi reposta pelo Governo Regional. Não teríamos visto o Presidente da Câmara falar do Centro de Apoio aos Visitantes da Caldeira como se aquela obra fosse sua.
Os Graciosenses sabem que na nossa ilha incumpridor é sinónimo de PSD, senão vejam-se os planos de investimentos da Câmara Municipal, na qual o presidente do PSD /Graciosa tem responsabilidades políticas, e o seu grau de concretização: no parque de campismo de Santa Cruz apenas foram feitos dois balneários minúsculos, o projecto Barra / Santa Catarina continua na gaveta, tal sorte também tem o parque industrial, os prometidos campos de futebol também estão parados, a via Rochela / Lagoa também parece esquecida, o caminho Terra do Conde continua por asfaltar, a escola de Guadalupe continua sem refeitório e os Luzenses continuam sem as obras de renovação da rede deabastecimento de água. São apenas alguns exemplos, mas denotam que a governaçãoautárquica, mesmo depois da entrada do adjunto do Presidente, continua em marcha lenta.
É uma pena…
Santa Cruz da Graciosa, 23 de Junho de 2008.
O Secretário Coordenador do PS
Manuel Avelar Cunha Santos
26 junho 2008
Comunicado PS Graciosa.
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