29 novembro 2007

Monstros e lixo na poça das salemas.


Apesar da Câmara Municipal se oferecer para ir buscar este lixo, um cidadão depositou ontem um micro-ondas e sacos de lixo, nas imediações da poça das salemas.
Alguém sabe quem cometeu esta infracção?

21 novembro 2007

Plano e Orçamento para 2008

Por razões alheias à minha vontade, e por decisões que não me cabem a mim tomar, não posso estar presente no próximo plenário da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, que tem o seu início no próximo dia 27 do corrente mês. Na qual será discutido o Plano e Orçamento para 2008.
Assim sendo, deixo a minha opinião para que fique expresso que os números por vezes anunciados, comparados com as obras anunciadas, nem sempre são condizentes uns com os outros.
Começando por aquilo que tem sido bandeira de campanha do PS (a tão falada Coesão), em 2005 o Plano Regional Anual aprovou para a Ilha Graciosa uma verba de 1.520.000€, tendo sido executado 135.926€, ou seja, uma taxa de execução de apenas 8,9%, mas no ano seguinte, 2006, temos uma verba aprovada de 5.112.500€, executados 305.459€, com uma taxa de execução muito inferior, que é de 5,9%.
Aqui não posso deixar de perguntar:
- Onde está a política de apoio e dinamização do sector económico?
-É esta coesão que vai resolver o problema do emprego aos jovens?
Por outro lado, aquando da visita do Governo Regional dos Açores, foram criadas expectativas bastante ambiciosas, as quais não vemos espelhadas no Plano e Orçamento para 2008, por falta de cobertura orçamental. Cito alguns exemplos:
- “Autorizar a abertura do concurso público para a realização da empreitada de infra-estruturas do loteamento da Fonte do Mato (II fase), no valor de € 100.000,00, destinado à construção de 19 moradias.”
- “Apoiar o processo de transformação da Adega Cooperativa da Graciosa em Organização de Produtores com carácter polivalente, bem como a modernização dos seus processos de vinificação.”
- “Desencadear os procedimentos necessário a uma intervenção de melhoria do Caminho Rural da “Canada do Sul” (Luz - Santa Cruz), através da realização de uma empreitada de obras públicas para execução do respectivo piso em betão betuminoso e construção da rede de drenagem.”
- “Desencadear o processo de ordenamento e requalificação do “Parque Florestal da Caldeira”, melhorando as suas infra-estruturas e dotando-o de um centro de divulgação florestal, sinalética e de um percurso pedonal no sentido de permitir um melhor usufruto das suas potencialidades paisagísticas, turísticas e ambientais.”
- “Autorizar a abertura do concurso público para a adjudicação da empreitada de construção do centro de Apoio aos visitantes da Furna do Enxofre, com o preço base de €356.470,00, e com o prazo de execução de oito meses.”
- “Instruir a Lotaçor, S.A. para desenvolver, na área do porto de pescas da Praia, os projectos de 32 casas de apresto, de uma nova lota e de um edifício de apoio ao funcionamento da Associação de Pescadores da Ilha Graciosa, de forma a ficarem devidamente enquadrados na zona envolvente.”
Um dos aspectos importantes na Graciosa é a falta de lençóis de água, e mais uma vez o Governo Regional demonstra intenção apenas em palavras, no entanto, o Plano continua sem nenhuma verba para fazer face a tais intenções.
No que diz respeito aos caminhos agrícolas, a verba proposta é de 56.400 mil euros, quando o comunicado do Governo da última visita à Graciosa apresenta uma verba de 70 mil euros para o caminho da serrinha e uma verba de 190 mil euros para os caminhos florestais da Furna do Enxofre e o de acesso ao parque florestal da caldeira, não contemplando sequer o caminho dos vales, impenetrável a máquinas agrícolas.
E para terminar, o que falta agora ao Governo para asfaltar o Caminho das Courelas?
Estes são alguns aspectos, para não estarmos satisfeitos, o aumento anunciado de verbas, não esta de acordo com a campanha que querem fazer. Anunciaram as obras em Julho, em Novembro já não existe verbas para elas.

Graciosa 21 de Novembro de 2007

Luís Henrique Silva

19 novembro 2007

Um político sem soluções, um regresso esperado, uma ilha adiada.

No próximo ano de 2008 a operação marítima de passageiros e viaturas não contará com os novos barcos encomendados pela região aos estaleiros navais de Viana do Castelo.

Apesar desse ter sido um compromisso sobejamente assumido e com garantias que foram até ao chefe do executivo, ainda não será desta que os Açores terão ao seu serviço barcos de qualidade e programados para operar nos nossos portos (assim deveriam ser).


Nesta novelesca série dramática a roçar uma tragico-comédia, cujo argumento inclui um Secretário da Economia que está em cena vai para mais de 11 anos, sobressai um navio de idade adulta, cuja vida de trabalho já pedia reforma, mas que, sabe-se lá se fruto da alteração da lei sobre a idade para o merecido descanso, volta a ser a alternativa dele próprio, o novo rosto do mesmo, a repetição de uma agonia.


Esse Navio, o "Ilha Azul", foi já anunciado como voltando a ser o barco para os Graciosenses. A acompanha-lo neste melodrama trapalhão encontra-se um tal de "Santorini", que por razões sobejamente conhecidas nunca veio à Graciosa, não virá para o ano de 2008, mas será presença nos mares dos Açores, atracando em portos que dão preciosos votos ao Governo do actor principal (assim ele espera), também autor desta trapalhada governativa.


Qualquer entendido, semi-entendido, ou simplesmente curioso dessa actividade complexa que é a construção naval, com excepção dos senhores que des-governam esta Região insular, já teve oportunidade de afirmar com todas as letras que os novos barcos não estariam prontos para a operação de 2008.


Veio agora, e finalmente, o tal Secretário da Economia admitir que assim será. E com total desplante de quem se acha soberana inteligência e esperteza esmerada, confessou que a contratação dos anteriores navios já estava programada no contrato inicial. Ou seja, em 2006 o Governo já previa que o "Ilha Azul" e o "Santorini" viessem a ser usados em 2008.


Fica pois, mais uma vez, a Graciosa, em princípio, a ser servida apenas por um navio. E nenhum mal viria se esse navio não estivesse já na terceira idade e não tivesse de cobrir todas as ilhas dos Açores.


E esta expressão: "em princípio", tem somente a ver com o facto de estarmos em ano de final de mandato, que é como quem diz, em ano de eleições, e poder haver alguma prendinha eleitoral. Tão ao jeito desta governação de retoques, de facilitismos, e de encenações repetitivas.



João Costa

Texto da Homenagem a Joaquim Costa.


Falar do Joaquim Costa é abrir uma janela e ver entrar um enorme arco iris.
É sentir uma realidade colorida, com muitos tons que não se podem palpar. É uma fantasia. E no entanto olha-se com encantamento.

A pessoa de quem falo viveu connosco aqui na Graciosa mais de 40 anos, cruzou-se muitas vezes nos nossos caminhos, foi companheiro, amigo sincero, foi feliz, teve amores e paixões, sofreu desilusões e dores. Teve afectos à sua volta e cultivou-os como soube. Porventura, como todo o ser humano e como nós todos, que temos virtudes e defeitos, e fragilidades várias, ele as tinha em número e tamanho, que não se pode avaliar.
Muito menos a mim o cabe fazer e ajuizar a sua vida, e os seus comportamentos.
Não podia, nem tenho isenção para o fazer. No entanto, propuseram-me que eu fizesse um depoimento sobre uma imagem que dele fizesse e a tornasse pública.
E faço-o com gosto e emoção, porque falar do Joaquim Costa é necessariamente abrir uma porta que fisicamente se fechou, porque já se cumpriu. Mas portas destas atravessam o nosso imaginário e em sonhos muitas vezes as abrimos, e é nosso, muito nosso o que lá vemos dentro.

Vou abrir uma dessas portas, aquela mesma que muitas vezes abriu o nosso Joaquim de que hoje aqui se faz lembrança. Abrir essa porta é entrar na intimidade da casa da minha avó Cidália, e entrar nela é sentir o estalar da lenha no forno, o cheiro da erva- doce que cobria a massa sovada, o perfume dos junquilhos do altar do Menino Jesus, é ouvir o miar dos gatos que saltam das cadeiras da cozinha, é escutar o canto do periquito e do canário da terra, de penas azuis e verdes. Sempre imaginei que na gaiola eram felizes aqueles pássaros, e o Joaquim afinava muito o assobio com eles, que lhe respondiam no tom certo e com vivaz alegria.
Havia ainda o som do rádio, da grafonola, um cantarolar constante e tudo eram sons dentro da casa de minha avó!

Era escrupuloso e muito limpo o Joaquim. Limpava, varria, varria, lavava e nunca descuidava a sua figura aprumada. Barba feita com navalha, cabelo amarrado em brilhantina, o Joaquim tinha um porte de galã, um sorriso rasgado, uma graça, e sempre um olhar atento a tudo que o rodeava, que registava sem outros recursos.
Porque o Joaquim não podia usar do lápis para tomar as suas notas. Não tinha óculos para poder ler, desculpava-se ele, para evitar o desgosto que tinha de não ter aprendido as letras.

Meu nome é Joaquim Costa, apregoava ele, quando se anunciava a cantar. Que foi com a voz que ele se distinguiu, uma voz clara e potente, aquele que também se dava por, Joaquim dos Fados.
Uma das suas grandes paixões era cantar e muitas letras arquivou ele na sua memória, outras tantas criou, fruto das suas reflexões ou dos improvisos.
De seu nome Joaquim Machado da Costa, nasceu na freguesia das Fontinhas na Praia da Vitória, ia o mês de Fevereiro alto, no ano em que estalou a primeira guerra mundial. A 20 de Fevereiro de 1914, tinham à data do seu nascimento, os pais, 49 e 45 anos, e pode imaginar-se que o regaço da mãe já teria suportado o peso de outras maternidades e mesmo netos. Era uma família grande, ele contava, que depois se mudou para Angra, e como descobriu os seus dotes de cantor, nem eu sei.
Sei que ele veio cantar à Graciosa entre 1943 ou 1944, com os cantadores “estrelas” do momento da Terceira. A Trulu e o Gaitada eram os artistas que abrilhantavam todas as festas de ocasião.
E ele cantou e encantou.
O Joaquim ficou cá com o seu violão, casou-se com minha avó e os dois cumpriram a vida entre fantasias, completando-se ou trilhando as rotas que puderam fazer.

Os tempos não eram propícios ao culto das artes e da música. E esta ilha não teve tamanho nem dimensão para abrigar o virtuosismo da voz que coube no peito do Joaquim. Ele foi sempre uma figura popular, mas extravagante, invulgar, com uma energia e gosto a que se dava baixo valor.
Apesar disso fez muito à escala da época. Participou em diversas festividades, foi cantar às comunidades da diáspora americana, gravou diversas fitas e bobines, perdidas entre o Rádio Clube de Angra ou na mão de privados.
3 discos de vinil foram a sua coroa de glória.

Mas tinha outras ambições o Joaquim Costa e nessa medida ele teve o seu toque de tragédia pessoal, pois sei que nunca se realizou e que se deixou vencer por uma esclerose que lhe abafou o sentido que mais gostava, o ouvido. Caiu-lhe um pano de tristeza no fim da vida e partiu gasto, amargurado e vencido, com 72 anos de idade, vão 21 anos decorridos.

Era educado, um homem simples e são, o Joaquim, e como ele e minha Avó apreciariam ver e estar neste convívio, frequentar esta sala e ouvir as interpretações que outros fazem das palavras e das melodias, que ele tanto amou!

Minha mãe, meus irmãos e eu, ficamos muito reconhecidos para o querido Francisco, que imaginou e construiu este espectáculo, que esperamos seja do agrado de todos, porque eu sei que é o dele.
O nosso sincero agradecimento vai também para os amigos Gaspar, e Valdemiro, que ao longo dos anos têm mantido vivas as nossas tradições, e aos demais que tornam possível este encontro, que se faz no palco e que se dirige ao público que somos nós, fica o nosso apreço a todos.

Talvez nem me fique muito bem partilhar, mas ouso fazê-lo acentuando, a pretexto da generosidade de construir esta lembrança ao Joaquim Costa, que teve o Francisco Lobão.
O Chico perseguiu o sonho dele, que foi e é o de ser CANTOR. Tem o mérito e a sorte de o ter concretizado e de chegar a onde está, na mais prestigiada instituição portuguesa do canto lírico, que é o Teatro Nacional de S. Carlos.
Nessa medida o Chico é um exemplo de vida e a prova de que não há obstáculos impossíveis de vencer.
É um orgulho para nós e obrigada por isso. Parabéns.

Vale a pena ser feliz!


Graciosa, 18 de Novembro de 2007
Maria das Mercês da Cunha Albuquerque Coelho

13 novembro 2007

Comunicado do PSD Graciosa sobre o projecto do Museu da Graciosa

COMUNICADO

O PSD Graciosa tomou conhecimento do novo projecto de ampliação e requalificação do Museu da Graciosa em Santa Cruz.

Convém começar por esclarecer que o PSD Graciosa dará sempre parecer positivo a obras que venham melhorar a vida dos Graciosenses, e que venham engrandecer a memória colectiva da ilha, como é o caso do nosso Museu.

Assim é no caso de ampliação e requalificação do Museu da Graciosa, que consideramos ser uma obra necessária para a nossa ilha e uma mais valia para os Graciosenses.

Contudo, o que nos é proposto pela Direcção Regional da Cultura trata-se de construir, um novo edifício, no centro histórico e classificado da Vila de Santa Cruz da Graciosa, edifício esse que, como assume a Direcção Regional da Cultura, rompe com a tradição, causa um significativo impacto visual e será uma obra significativa da arquitectura contemporânea.

Ora, esta situação, proposta pela entidade que zela pela correcta aplicação da legislação sobre a classificação da Vila de Santa Cruz (Decreto Legislativo Regional n.º 10/88/A de 30-03-1988), vem contrariar todo aquele normativo legal, fazendo tábua rasa do que tem sido a imposição de regras a todos os Graciosenses que querem fazer obras na Vila de Santa Cruz e que tantas dores de cabeça lhes causam.

É que, segundo a legislação que a Direcção Regional da Cultura impõe em Santa Cruz, "não poderão ser efectuadas (…) quaisquer obras que alterem ou prejudiquem as suas características históricas e formais, nomeadamente o traçado viário, a configuração e materiais dos edifícios, árvores e jardins, lagos, fontanários e tanques, calçadas, muros e vedações, incluindo bancos e banquetas, linha costeira, incluindo paredões, e, em geral, a sua configuração topográfica".

E assim tem sido ao longo de quase 20 anos em nome do desenvolvimento sustentável e da preservação da identidade cultural da Vila de Santa Cruz.

O PSD Graciosa não pode deixar de mostrar a sua surpresa e frontal oposição a que, no centro da Vila de Santa Cruz, seja a própria Direcção Regional da Cultura que promova o completo desrespeito por uma lei que a todos é imposta sem excepção.

A lei é igual para todos.

Independentemente do bom ou mau gosto do projecto para o novo museu, o que está em causa é o precedente que será aberto pela Direcção Regional da Cultura, que permitirá no futuro que qualquer forma arquitectónica tenha de ter igual tratamento, levando à completa e inadmissível descaracterização do centro histórico da Vila de Santa Cruz.

O PSD Graciosa entende que deve ser fornecido à Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa um exemplar do projecto proposto para que esta entidade se pronuncie nos termos da Lei.

Entende também o PSD Graciosa que se torna indispensável que a Junta de Freguesia de Santa Cruz venha, publicamente, anunciar se concorda com esta proposta.

Santa Cruz da Graciosa, 13 de Novembro de 2007

Pela CPI do PPD/PSD

João Costa – Presidente

12 novembro 2007

Uma mão cheia de nada.


O Governo de Carlos César comemorou, na passada sexta-feira, 11 anos desde que está no poder.



Volvidos 11 anos de governação de César e do PS, eis-nos chegados a mais um quadro comunitário de apoio à nossa economia.




Depois de milhares de milhões de euros enviados da Europa para os Açores, fico com a sensação de que algo de muito grave se deve ter passado para assistirmos a esta ausência de resultados das políticas, das obras, dos subsídios e do esbanjar.




Há 11 anos, a maioria dos Açorianos, e mais recentemente, a maioria dos Graciosenses encheu-se de esperanças e de expectativas sobre o futuro da sua terra e dos seus filhos.




Passados 11 anos, ninguém consegue esconder este sentimento de frustração, de desilusão e de autêntica traição sobre o que seria espectável relativamente à nossa evolução, ao nosso progresso, ao nosso aproximar com a Europa.




Muitos Graciosenses interrogam-se como foi possível ter tanto dinheiro, tantas condições de governo, com estabilidade e legislaturas completas, aliás, somos mesmo das regiões do mundo onde os governos cumprem na íntegra uma legislatura, mas não obtivemos resposta aos nossos mais elementares anseios de criação de riqueza e de modernidade.




A Graciosa tem apetências para tornar a vida dos Graciosenses mais aliciante e de maior progresso. É comum ouvirmos os representantes do Governo desculparem-se com fatalismos. É comum dizerem que é tudo muito difícil, é tudo muito complicado. É difícil fazer horários do Serviço Açoriano de Transportes Aéreos (alguns até esqueceram este nome), é complicado ter barcos e serviço de transporte marítimo, enfim, é tudo fatalismo e consternação.




Se olharmos bem no fundo das expectativas criadas aos Graciosenses nos últimos 11 anos, temos de ser consequentes e concluir que hoje há uma grande decepção para com os nossos governantes e para com o esquecimento a que nos votaram.




Dentro em breve serão apresentados mais um plano e orçamento regionais. Este ano, a verba da Graciosa aumenta para cerca de 25 milhões de euros. Certamente que vamos ouvir maravilhas sobre o dinheiro que vai ser anunciado para o próximo ano. Curiosamente em ano de eleições. Mas sejamos claros e sejamos objectivos. Lembram-se de como foram apresentados os últimos planos e orçamentos regionais no que diz respeito à Graciosa? Grandes apostas, grandes investimentos, grandes expectativas. De ano para ano repetem-se os discursos e repetem-se as promessas. Mas repete-se também a frustração, a decepção e o fatalismo institucional, este sim, lamuriento e deprimente.




Se tivermos o cuidado de somar os investimentos e as verbas dedicadas à Graciosa nos últimos anos e que não chegaram a ver a silhueta desta ilha branca, facilmente se conclui que o plano para o ano de 2008 ainda fica muito aquém do que a Graciosa necessita e do que devemos reivindicar que seja efectivamente feito.




Por outro lado, há vida para além de obras, e não são apenas as obras que empurram a nossa ilha para o lugar de progresso que todos desejamos. Nos últimos 11 anos os Açores não foram capazes de se tornar um lugar de sucesso económico, não foram capazes de sair da cauda do País e da Europa.




Ficamo-nos pelas obras, ainda não suficientes, e não apostamos nas políticas certas para dar o salto que as verbas da Comunidade Europeia impunham que déssemos. Temos uma boa escola, mas continuamos a ter dos piores resultados do país; temos uma fábrica de lacticínios mas a lavoura não vê o seu rendimento aumentar; temos um porto de pescas, ou por outra, havemos de ter, porque desde 2004 que está a ser feito e ainda não dá as condições que os nossos pescadores necessitam; temos um matadouro mas exportamos gado vivo (quando há barco).




E temos a desertificação, os baixos salários, o desemprego, o Rendimento Social de Inserção, a habitação degradada, o maior índice de envelhecimento, a pobreza declarada e a envergonhada e um sorriso nos lábios dos governantes e dos que os representam, para quem tudo está a caminho, tudo vai bem ou menos mal e com a arrogância de quem não tem mais soluções, apresentam uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma!




João Costa

Paisagens




Graciosenses com maus transportes marítimos.

A ilha Graciosa, mais uma vez, ficou com a sua economia lesada, devido ao facto do Navio de Contentores não ter aportado nesta ilha.
As consequências deste facto são lesivas aos Graciosenses e aos seus empresários, uma vez que as mercadorias a bordo do Navio são bens de primeira necessidade e bens para promoção da época natalícia que se aproxima.
Vêem-se também prejudicados com esta situação os agricultores locais que não puderam exportar os seus animais.
Julgo ser falta de responsabilidade dos nossos Governantes deixarem que tal situação aconteça.
Entendo que, após o que se passou este verão, com o transporte de passageiros, e não vale a pena relatar, pois todos conhecem a situação, é inadmissível que esta situação se torne a repetir.
Após no último plenário o Governo ter-se remetido ao silêncio, em vez de responder às perguntas do PSD, só podemos tirar uma conclusão: o Governo não se importa com a Graciosa. Talvez no próximo ano, como é ano de eleições, possamos ter a esperança de ver o nosso problema resolvido; promessas haverão, com certeza, mas os Graciosenses já não acreditam!

Luís Henrique Silva

01 novembro 2007

IV jantar convivio Graciosense 2007.


IV jantar convivio Graciosense 2007.


IV jantar convivio Graciosense 2007.


IV jantar convivio Graciosense 2007.


IV jantar convivio Graciosense 2007.


IV jantar convivio Graciosense 2007.

A Organizacao Graciosa-Ilha Branca, pelo seu quarto ano consecutivo, realizou o "Jantar Convivo Graciosense" no dia 20 de Outubro na Sociedade do Divino Espirito Santo, cidade de Lowel, estado de Mass. pelas 6 horas da tarde. Ficam aqui algumas fotos, gentilmente enviadas, por Rui Vasconcelos, da Organização.