Apesar desse ter sido um compromisso sobejamente assumido e com garantias que foram até ao chefe do executivo, ainda não será desta que os Açores terão ao seu serviço barcos de qualidade e programados para operar nos nossos portos (assim deveriam ser).
Nesta novelesca série dramática a roçar uma tragico-comédia, cujo argumento inclui um Secretário da Economia que está em cena vai para mais de 11 anos, sobressai um navio de idade adulta, cuja vida de trabalho já pedia reforma, mas que, sabe-se lá se fruto da alteração da lei sobre a idade para o merecido descanso, volta a ser a alternativa dele próprio, o novo rosto do mesmo, a repetição de uma agonia.
Esse Navio, o "Ilha Azul", foi já anunciado como voltando a ser o barco para os Graciosenses. A acompanha-lo neste melodrama trapalhão encontra-se um tal de "Santorini", que por razões sobejamente conhecidas nunca veio à Graciosa, não virá para o ano de 2008, mas será presença nos mares dos Açores, atracando em portos que dão preciosos votos ao Governo do actor principal (assim ele espera), também autor desta trapalhada governativa.
Qualquer entendido, semi-entendido, ou simplesmente curioso dessa actividade complexa que é a construção naval, com excepção dos senhores que des-governam esta Região insular, já teve oportunidade de afirmar com todas as letras que os novos barcos não estariam prontos para a operação de 2008.
Veio agora, e finalmente, o tal Secretário da Economia admitir que assim será. E com total desplante de quem se acha soberana inteligência e esperteza esmerada, confessou que a contratação dos anteriores navios já estava programada no contrato inicial. Ou seja, em 2006 o Governo já previa que o "Ilha Azul" e o "Santorini" viessem a ser usados em 2008.
Fica pois, mais uma vez, a Graciosa, em princípio, a ser servida apenas por um navio. E nenhum mal viria se esse navio não estivesse já na terceira idade e não tivesse de cobrir todas as ilhas dos Açores.
E esta expressão: "em princípio", tem somente a ver com o facto de estarmos em ano de final de mandato, que é como quem diz, em ano de eleições, e poder haver alguma prendinha eleitoral. Tão ao jeito desta governação de retoques, de facilitismos, e de encenações repetitivas.
Sem comentários:
Enviar um comentário